terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Nos bastidores do cinema


Quem não se lembra de Charlot com o seu bigodinho, sapatos três números acima, casaco pequeno demais, calças demasiado grandes e o chapéu...Um chapéu de coco?




Como nasceu esta personagem?

Charlie Chaplin tinha ido para a América fazer filmes, não era ainda Charlot, mas um comediante divertido de comédia ligeira em palco. Um dia o realizador Mack Sennett pediu-lhe para compor uma personagem divertida e diferente. O realizador queria um pobretanas mas com pose de príncipe, um egoísta mas de coração grande. Estamos no tempo do mudo onde a imagem tinha de dizer tudo.




O que Chaplin encontrou no camarim foram as calças e os sapatos de um outro companheiro de cenas, bem mais gordo que ele. Diz a história, talvez lenda, que o chapéu só entra em cena quando Chaplin se sentou para apertar os sapatos, grande claro, e se sentou mesmo em cima do chapéu que pertencia ao sogro do ator de quem ele usou as calças e os sapatos. O chapéu ficou mesmo ao jeito da personagem, amarrotado de tal forma que, mesmo quando lhe deu um jeitinho percebeu que aquele já o tinha de adotar, comprando um outro, novo, para o dono. A verdade é que o chapéu lhe dá um toque de Sir. Chaplin adicionou um pequeno bigode à personagem pois Sennett pedira-lhe um homem muito mais velho. A bengala e Charlot acabava de nascer.

O que disse Chaplin sobre a personagem que criara.

"Não fazia ideia de quem era o personagem. Mas, no momento em que estava vestido, a roupa e a maquilhagem tornaram-me na pessoa que ele era. Comecei a conhecê-lo e, quando cheguei ao local das filmagens, ele nascera totalmente. Quando confrontei Sennett, na pele do personagem, e me comecei a pavonear, a agitar a bengala e a desfilar diante dele, enredos e ideias cómicas começaram a ocorrer-me desenfreadamente. Comecei a explicar a personagem a Sennett.


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